quinta-feira, 9 de outubro de 2008

o mundo

Por todo esse tempo de vida eu tentei ignorar essa minha conexão com o mundo. Sei que pode parecer estranho para quem ler, mas a realidade é só uma: o mundo funciona como as coisas funcionam aqui dentro. Tudo bem se não entender, eu exemplifico.
Hoje o dia amanheceu assim, branco. Você não estava aqui e ele precisava nascer, mas então o sol triste se escondeu porque você simplesmente não estava do meu lado. E assim foi ele branco. E eu, ia assim... nublado... Por todo dia. E quando me irritei, acho que o mundo sentiu e começou a ventar forte por aqui.
Não era apenas um vento forte, que se olha para o céu e procura-se uma explicação. Era um daqueles que joga tudo para o alto, e é preciso fechar as janelas pois não sobra papel sobre nenhuma mesa. Era essa a minha vontade aqui dentro. Jogar para o alto tudo que estivesse ao meu alcance, e quando não o faço, o mundo se vinga por mim.
Pois é, é tarde e aqui estou eu, com essa saudade absurda de você. Com essa ligação na estranha na lembrança, de um telefone que simplesmente não parece querer nos ajudar a diminuir qualquer distancia. E aí, o mundo reage... tímido... um vento fresco me lembra o frio que é estar longe dos seus braços, e aí, uma, duas, e logo milhares de gotas caem do céu.
E eu inevitavelmente, não seguro essas gotas que saem do meu peito e transbordam pelos meus olhos. Essa noite é assim, eu e o mundo chorando, sem nem ao menos entender, essa distancia inexplicável dos nossos coraçoes.

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