sábado, 13 de dezembro de 2008

Desabrigado

Essa noite me incomodou a idéia de não habitar mais em teus sonhos. Senti-me desabrigado, andarilho noturno sem rumo, pois quem não tem lar não tem descanso e sentido. Estou sem sentido, porque estou com muitos. Todos confusos, todos cegos, incertos. Certeza mesmo é da perdição, e estar perdido é ser escravo do medo de não chegar pois não se sabe para onde ir. Tenho tantos caminhos mas nenhum repouso. O medo me tem. Não tenho lar. Me perdi confuso em caminhos antes tão certos.

Não moro mais em teus sonhos. Me perdi de você e não tenho mais abrigo.